«Bloco negro» (Black Bloc em inglês) é como se pode apelidar um grupo de activistas durante qualquer espécie de protesto ou manifestação que envolva a luta anti-capitalista e anti-globalização. As roupas negras são utilizadas para fazer com que o grupo pareça uma massa coesa, promovendo a solidariedade e criando uma presença claramente revolucionária, para além de dificultar a identificação por parte das autoridades.
Existe a ideia, especialmente propagada pelos meios de comunicação tradicionais, que o «bloco negro» é uma entidade internacional organizada. No entanto, na verdade, não é mais que uma táctica usada por alguns grupos de manifestantes. Podem haver diversos «blocos negros» num só protesto, com diferentes objectivos e estratégias. Formado originalmente por anarquistas e grupos de extrema-esquerda, hoje em dia os blocos negros» englobam vários grupos anti-capitalistas. Os grupos nacionalistas autónomos alemães, por exemplo, adoptaram o visual dos «blocos negros», o que causou muita confusão entre as autoridades e até entre alguns coordenadores de manifestações.
A tradição do «bloco negro» nasceu nos movimentos alemães de extrema-esquerda dos anos 80. Os activistas empregavam o negro em diversas manifestações, já que era a cor dos blusões de pele que usavam para se aquecerem e protegerem das bastonadas dos polícias, enquanto os passa-montanhas eram uma forma prática de minimizar os efeitos do gás lacrimogéneo, protegendo ao mesmo tempo a identidade dos manifestantes. A imprensa alemã apelidou assim os protestantes como Der Schwarze Block.
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AH! O substituto do inconformista? Boa jornada amigos
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