quinta-feira, 11 de novembro de 2010
Massimo Morsello
Nascido em Roma a 10 de Novembro de 1958, Massimo Morsello foi militante, activista, exilado político, poeta e músico. À semelhança de muitos jovens italianos da sua geração, interessou-se desde cedo pela política. Em 1975, com 16 anos de idade, inscreveu-se no Fronte de la Gioventù (FdG), organização juvenil do Movimento Sociale Italiano (MSI). Vivia-se o apogeu dos chamados Anos de Chumbo, uma época em que militar em formações como o FdG implicava um grande risco. A partir de 1978 aderiu à secção do FUAN (Fronte Universitario di Azione Nazionale) de via Siena, que na altura constituía um dos grupos mais activos e radicais da área alternativa romana, que acabaria por separar-se do MSI. É nesse período que Massimo inicia a actividade que o tornou mais célebre — a música —, participando em 1979 nos acampamentos de Verão que ficaram conhecidos por Campo Hobbit.
Em 1979, nos confrontos que se seguiram ao massacre de Acca Larenzia — no qual morreram dois militantes do FdG assassinados por um comando de extrema-esquerda —, vê cair ao seu lado o jovem Alberto Gianquinto, de 17 anos, abatido pela polícia. Nesse período, a escalada de violência e a sensação de cerco perante as forças de esquerda e a polícia levaram numerosos jovens contestatários a pegar em armas, formando os NAR (Nuclei Armati Rivoluzionari). Entre os jovens vinculados a esta organização estava Massimo Morsello. Pouco depois, o obscuro atentado na estação de Bolonha levaria à perseguição e detenção de numerosos militantes da área extra-parlamentar italiana. Alheios ao atentado, muitos foram no entanto condenados por associação subversiva. Outros, como Morsello, conseguiram fugir. Primeiro para a Alemanha e depois para Londres, onde foi detido e depois libertado, apesar dos pedidos de extradição da justiça italiana. Co-fundador do "Meeting Point" e "Easy London", empresas dedicadas a proporcionar emprego e alojamento a jovens italianos em Londres, participou com Roberto Fiore, antigo dirigente do grupo Terza Posizione, na criação do partido Forza Nuova. Em Inglaterra, Massimo organizou concertos musicais, como o concerto de jazz de Romano Mussolini e o concerto "Scusate, ma non posso venire" (Desculpa, mas não posso voltar), emitido por satélite em Roma e Milão.
Como cantautor, reconheceu a influência musical do cantor de esquerda Francesco de Gregori, embora os seus temas versassem sobre militância política, os anos de chumbo, a revolução, a repressão ideológica, o fascismo, as drogas ou o conflito palestino, entre outros. Um dos seus discos, "Punto di Non Ritorno", alcançou 15000 cópias vendidas, convertendo Massimo Morsello num dos autores da música alternativa com maior êxito comercial.
Em 1995, foi-lhe diagnosticado um cancro e, em 1999, devido às suas precárias condições de saúde, foi-lhe finalmente permitido regressar a Itália, depois de vinte anos de exílio forçado. Ainda assim, manteve a sua militância e actividade musical, continuando dirigente da Forza Nuova. Faleceu a 10 de Março de 2001.
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