terça-feira, 18 de janeiro de 2011

À conquista da Felicidade

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«O mundo pagão era duro, mas havia nele um princípio de receosa submissão às forças da natureza, às suas Leis, ao Destino. A esperança cristã fez-lhe rebentar as severas fundações. Para triunfar das velhas muralhas não bastam algumas flores silvestres, medrando as suas raízes em cada fissura, com a humidade da terra? E eis que a Esperança, desviada dos seus fins sobrenaturais, lança o homem à conquista da Felicidade, enche a nossa espécie de uma coisa parecida com orgulho colectivo que tornará o seu coração mais duro do que o aço das suas máquinas.»

Georges Bernanos
in "Os grandes cemitérios sob a Lua", Edição «Livros do Brasil», Lisboa, 1988.

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