domingo, 20 de março de 2011

François Duprat, uma vida ao serviço da Europa

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No dia 18 de Março do ano de 1978, às oito horas e quarenta minutos, um atentado criminoso acabava com a vida de um dos principais expoentes da direita radical francesa e do pensamento nacionalista europeu. Um engenho explosivo colocado num automóvel matava o jovem professor e secretário-geral do Front National François Duprat, deixando gravemente ferida a sua mulher, numa estrada próxima da localidade normanda de Caudebec-En-Caux. Tinha 36 anos, era professor de Relações Internacionais no Instituto de Relações Públicas de Paris, professor de História no Colégio de Caudebec, escritor, jornalista e co-fundador e secretário-geral do jovem partido Front National. No movimento nacionalista francês tratava-se sem dúvida de uma figura de primeiro plano e de uma grande promessa política. Um auto-denominado «Commando du Souvenir» reivindicou o atentado horas depois, supostamente numa vingança por Auschwitz. Apesar dos abundantes rumores sobre a autoria deste atentado, os responsáveis nunca foram encontrados.

Duprat nasceu em Ajaccio, na Córsega, a 26 de Outubro de 1941. Realizou os seus primeiros estudos em Bayona e Toulouse, terminando-os em Paris. Licenciado em História em 1963, rapidamente conseguiu um lugar como professor em Paris e na localidade normanda de Caudebec-En-Caux. Politicamente, iniciou-se muito jovem nas fileiras da extrema-esquerda trotskista, inscrevendo-se aos 16 anos na Union de la Gauche Socialiste. No entanto, evolui rapidamente para a extrema-direita, passando sucessivamente pela Jeune Nation e pela Federação de Estudantes Nacionalistas. Pouco depois, tornou-se um dos principais animadores em Toulouse do Parti Nationaliste fundado por Dominique Venner e Pierre Sidos. Muito jovem, torna-se um importante colaborador da revista «Défense de l'Occident» de Maurice Bardèche e documentalista de Roland Gaucher no seu livro «L'Opposition en URSS 1917-1967». Ao terminar os estudos, parte para o Congo, trabalhando na Agência Congolesa de Imprensa, o serviço de propaganda de Moïse Tshombe. Antes de regressar a França, toma ainda parte na guerra do Biafra, através da criação do Comité França-Nigéria. Militante activo dos grupos Occident, GUD e Ordre Nouveau, faz parte do grupo que, juntamente com Jean Marie Le Pen, lança o partido Front National com o objectivo de lançar um instrumento político eficaz e com projecção de futuro. No momento do atentado, Duprat era membro do conselho do FN e secretário-geral do partido. Uma bomba colocada no chassis do carro, algumas semanas após diversos colectivos de extrema-esquerda publicarem a sua morada, local de trabalho e trajectos habituais, pôs fim a uma prometedora vida de luta e serviço à Europa.

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