terça-feira, 27 de agosto de 2013

A acção do escol

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«A acção do escol abrange uma tripla tarefa, totalmente inspirada na convicção de que as multidões, sendo facilmente conduzidas, são incapazes de criar. Inicialmente, as ideias novas devem ser impulsionadas pelos espíritos fortes: só eles podem provocar a fractura dos hábitos e dos interesses, e só eles podem desempenhar o duro trabalho de pioneiros. Esta é a sua primeira missão. Mas, a todo o momento, as massas carecem de exemplos, porque, embora perfectíveis, só exemplarmente podem ser aperfeiçoadas. As ideias, como a religião, necessitam de vidas exemplares, que as personifiquem. E esta é a segunda missão dos homens que representam as ideias. Finalmente, um Poder forte, justamente porque é forte, exige sempre a comparticipação de agentes seguros, fiéis, desinteressados, que lhe indiquem erros, omissões, estados de ignorância, e, em compensação, deve fazer compreender os seus objectivos e decisões. Esta é a missão propriamente política do escol, exercício de fiscalização e de ensino.
As três funções correspondem aos três princípios do Poder, distintos na célebre teoria de Montesquieu, mas, na verdade, reunidos em todos os Estados completos e sadios. À primeira tarefa equivale o temor, pois nenhum Estado pode prescindir da disciplina; à segunda corresponde a honra, porque não pode existir Estado sem ideal; à terceira equivale a virtude, pois nenhum Estado pode subsistir sem desinteresse. E estes princípios correspondem, também, aos três preceitos capitais da acção, que são as virtudes do padre, do militante e do soldado: a coragem na confissão da fé, o sacrifício na experiência diária e o amor na vocação que se escolheu.»

Maurice Bardèche

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