sábado, 19 de outubro de 2013

Nova Águia #12

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Assinalando os vinte anos do seu falecimento, o destaque maior deste número da NOVA ÁGUIA vai para António Quadros, “rosto mais visível da Filosofia Portuguesa”, no dizer de Pinharanda Gomes. Coligimos aqui mais de uma dezena de ensaios, que se debruçam sobre os eixos fundamentais da obra deste insigne apologeta das filosofias nacionais – como ele próprio escreveu, contra o universalismo oco da cultura ideológica (ainda hoje) dominante: “A multiplicação das culturas, a heterogeneidade dos pensadores, pelo contrário, aumenta proporcionalmente as tomadas de contacto com o Ser. A existência das filosofias nacionais garante o enriquecimento e a vivacidade das possibilidades de conhecimento dos humanos”.

Por generosa oferta da Fundação António Quadros, que aqui agradecemos, publicamos ainda neste número algumas cartas trocadas entre António Quadros, Perfecto E. Quadrado e Agostinho da Silva. A respeito do autor de Reflexão à margem da literatura portuguesa, antecipamos que, no próximo número, assinalando também os vinte anos do seu falecimento, publicaremos uma extensa série de cartas – cerca de meia centena –, trocadas – por um período de vinte anos, entre 1968 e 1988 –, entre António Telmo e Agostinho da Silva (que desde já agradecemos ao Círculo António Telmo).

Para além de António Quadros, a NOVA ÁGUIA evoca, neste número, outros autores importantes, de diversos modos, para a nossa cultura lusófona – desde logo, Silvestre Pinheiro Ferreira, no bicentenário das suas Prelecções Filosóficas, um marco fundamental da Filosofia Luso-Brasileira, e Kierkegaard, filósofo nórdico desde sempre muito apreciado entre nós. Para além destes, evocamos ainda José Enes, que morreu no primeiro dia de Agosto deste ano, Orlando Vitorino e Eduardo Abranches de Soveral, ambos falecidos há uma década, António José Saraiva, nos vinte anos da sua morte, Cesário Verde, que publicou os primeiros poemas há cento e quarenta anos, José Mattoso, nos seus oitenta anos de vida, Daniel de Sá, no ano da sua morte, e Heraldo Barbuy, no centenário do seu nascimento.

Apesar de todas estas “Evocações”, houve ainda espaço para “Outros Voos” – de Adriano Moreira a António Telmo, do nosso “Futuro” possível à nossa perpétua “Natureza”, da Galiza a Cabo Verde, passando por muitos outros temas. Para além das “Rubricas” habituais – neste número reforçadas pelos “Registos” de Eduardo Aroso –, e não esquecendo o sempre presente “Poemáguio”, publicamos, no “Bibliáguio”, quase uma dezena de recensões, desde logo de dois títulos editados recentemente na Colecção NOVA ÁGUIA. No “Noticiáguio”, por fim, registamos o falecimento do filósofo brasileiro Paulo Mercadante, a inauguração da nova sede da Fundação António Quadros e o balanço do I Congresso da Cidadania Lusófona, para além de outros eventos de relevo. Doze números depois, a NOVA ÁGUIA mantém, pois, o seu voo: preservando, por um lado, a nossa memória e, por outro, abrindo horizontes de futuro.

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