terça-feira, 17 de setembro de 2013

"Não podemos impor um crescimento ilimitado a um planeta"

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«O decrescimento pode ter continuidade na vida pessoal de cada um através da escolha da simplicidade voluntária. Uma iniciativa individual que leva a acções colectivas.
Face aos problemas que afectam o nosso planeta, o decrescimento não é uma opção entre outras, é necessária. Não podemos impor um crescimento ilimitado a um planeta, a Terra, fechado e limitado. De facto, um tal crescimento assenta na utilização sempre maior dos recursos do planeta e gera resíduos cada vez mais abundantes; ora, neste momento, já ultrapassamos a capacidade de produção da Terra; consumimos o capital terrestre em vez de aproveitarmos os seus frutos; consumimos a capacidade da Terra de utilizar as suas multiplas substâncias químicas devido às invenções humanas, e para as quais a natureza não tem mecanismos suficientes de metabolização. Resultado: o equilíbrio do planeta tal como o conhecemos e tal como o necessitamos para a nossa sobrevivência está ameaçado a curto prazo. Vinte anos, cinquenta anos, cem anos até que os desastres batam à porta? A maioria vê esta ameaça muito longínqua, apesar de o seu modo de vida estar já, directa ou indirectamente, a ser afectado. E que são estes poucos anos na história da Terra, que data de milhões de anos, ou na história da humanidade, que conta centenas de milhares de anos? À escala de uma vida humana, a história da humanidade vive, talvez, os seus últimos segundos. E que fazemos face a esta perspectiva? Os que podem, consumem cada vez mais, os que não podem aspiram chegar lá o mais rapidamente possível. E os nossos governos puxam a maquina à sua capacidade máxima: “é preciso manter um crescimento contínuo para conseguir criar empregos e suportar o aumento constante do consumo”.»

Serge Mongeau
in "Vers la simplicité volontaire".

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