"É tempo de vencermos este
inimigo interno. Ultrapassemos as nossas divisões. Esqueçamos
velhas ofensas. Apaguemos motivos de discórdia. Somos diferentes por
temperamento, por estilos, por gostos. Temos defeitos, uns mais,
outros menos, uns estes, outros aqueles. Somos humanos, também nas
nossas fraquezas e nos nossos erros. Não nos atiremos pedras,
mutuamente, e, mesmo que cada qual se julgue melhor, saiba, por
generosidade, por compreensão, por sacrifício à utilidade geral,
perdoar e calar e esquecer. Não transformemos em ódios sectários
as nossas querelas pessoais e os nossos motivos privados, não os
carreguemos de forças ideológicas; porque nascem, às vezes,
oposições doutrinárias exactamente dessas lutas entre indivíduos
ou entre grupos, na exploração especulativa de uma justificação.
Não se poderá, é claro, rasoirar todos a uma concordância e igualdade absolutas. Nem se exige que desapareçam aparentamentos e agregados por amizades ou por particulares interesses comuns ou por tonalidades especiais na visão das realidades e dos problemas. Pretende-se é que, para além de tudo isso, exista e se exerça uma acção unida, um apoio recíproco, uma solidadariedade com base na doutrina que todos defendemos, na fundamental atitude perante o mundo, e com fito de vitorioso combate contra o inimigo, de eficácia na instauração da Nova Ordem: justiça social, prestígio da Hierarquia, da Autoridade e do Estado, culto da Fidelidade, integramento da realização pessoal no corpo do Bem Comum, defesa da Europa e da Civilização Ocidental, na contribuição de todos os povos para o progresso humano, da raça humana, na harmonia e conjugação das raças, do nacionalismo, na construção da unidade e no amor da universalidade.
Neste momento, lançamos um apelo, e desejaríamos que fosse como um toque de clarim. Chamamos todos a uma colaboração unívoca, a um serviço convergente, na medida das forças, méritos e especialidades de cada um. Seja este jornal um ponto de encontro e um revigorador de energias, possa esclarecer e informar, dinamizar esforços e conduzir a luta. Apuremos a vigilância, acendamos o entusiasmo, mantenhamo-nos juvenilmente vigorosos e criadores, pela autocrítica às deficiências e pela renovação constante. Contra a rotina, contra o acomodamento, contra o desânimo, contra a tecnocracia e o burocratismo, contra a transigência, contra o amen-amen e os penachos e o divisionismo, — saibamos erguer-nos e fazer verdade esta condição de vida: a Revolução Continua!"
Goulart Nogueira
in "Agora", n.º 319, págs. 1/11, 26.08.1967.
Não se poderá, é claro, rasoirar todos a uma concordância e igualdade absolutas. Nem se exige que desapareçam aparentamentos e agregados por amizades ou por particulares interesses comuns ou por tonalidades especiais na visão das realidades e dos problemas. Pretende-se é que, para além de tudo isso, exista e se exerça uma acção unida, um apoio recíproco, uma solidadariedade com base na doutrina que todos defendemos, na fundamental atitude perante o mundo, e com fito de vitorioso combate contra o inimigo, de eficácia na instauração da Nova Ordem: justiça social, prestígio da Hierarquia, da Autoridade e do Estado, culto da Fidelidade, integramento da realização pessoal no corpo do Bem Comum, defesa da Europa e da Civilização Ocidental, na contribuição de todos os povos para o progresso humano, da raça humana, na harmonia e conjugação das raças, do nacionalismo, na construção da unidade e no amor da universalidade.
Neste momento, lançamos um apelo, e desejaríamos que fosse como um toque de clarim. Chamamos todos a uma colaboração unívoca, a um serviço convergente, na medida das forças, méritos e especialidades de cada um. Seja este jornal um ponto de encontro e um revigorador de energias, possa esclarecer e informar, dinamizar esforços e conduzir a luta. Apuremos a vigilância, acendamos o entusiasmo, mantenhamo-nos juvenilmente vigorosos e criadores, pela autocrítica às deficiências e pela renovação constante. Contra a rotina, contra o acomodamento, contra o desânimo, contra a tecnocracia e o burocratismo, contra a transigência, contra o amen-amen e os penachos e o divisionismo, — saibamos erguer-nos e fazer verdade esta condição de vida: a Revolução Continua!"
Goulart Nogueira
in "Agora", n.º 319, págs. 1/11, 26.08.1967.
Obrigado pelo regresso e pela lembrança do Grande Poeta que foi Goulart Nogueira!
ResponderEliminarContinuem sem esmorecer!
Bom fim-de-semana