"Os amadores, sem nada na cabeça, e muito menos sentido de manobra social, drogavam-se com slogans, perfilhavam a tese da bondade original do homem, celebravam as liberdades, falavam do novo diálogo; os profissionais, que sabiam que isso não era assim, começaram a caçada. A supremacia do profissionalismo é a lição mais importante do 25 de Abril, tal qual como se viu na revolução Russa. Num país que odeia o trabalho, que privilegia a espontaneidade e a desorganização, que celebra o desenrascanço, não deixa de ser notável o domínio de uma minoria disciplinada, treinada, organizada, enfim, politicamente profissionalizada. Os amadores, acreditando na boa fraseologia da liberdade, esqueceram-se das responsabilidades individuais e grupais, que tal ideia implica, E nunca perceberam que a liberdade nunca é gratuita: tem de ser defendida e às vezes custa sangue."
António Marques Bessa
in "O Diabo", n.º1777, 18 de Janeiro de 2011.
Portão da Herdade da Torre Bela, ocupada por residentes das povoações de Manique do Intendente, de Macussa (Azambuja) e da Lapa (Cartaxo).
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É, sim senhor. Bem visto ;)
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