sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Portugal

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Esta é a ditosa Pátria minha amada
Camões


"O imediatismo, o relativismo, o materialismo, a atomização da sociedade, são alguns dos sintomas da decadência de que padece o mundo ocidental moderno. No caso concreto do nosso país, vemos como cada vez mais autóctones vão ficando desligados – no sentido profundo do termo – da sua terra, arrancados das suas raízes. Parece que Portugal “já não vale a pena” e que o que é “bom” está lá fora. Para muitos, o sentido de pertença vai-se esvaindo lentamente. Como um ácido que corrói pacientemente a nossa identidade. Para além da indiferença generalizada, há os derrotistas habituais, que garantem que “tudo está perdido”, que “não há solução”.

Mas, como demonstra a mais importante lição que a História da Europa nos deu, é sempre possível renascer. Para um renascimento é indispensável uma vontade e homens que a encarnem, desinteressadamente e com sentido de dever. É necessário – sempre – um espírito trágico. Esse sentimento imbuído que levou os europeus, desde a aurora da nossa civilização, a alcançar o impensável contra as maiores adversidades.

Ser português, hoje como ontem, é sentir Portugal. Encarnar um elo na cadeia da perenidade. Por muito que o futuro próximo se vislumbre negro, os portugueses que acreditam na sua Pátria devem ser “homens de pé entre as ruínas”, como diria Evola. Fiéis herdeiros da sua História, da sua Cultura, mas movidos por uma saudade do futuro. E basta que sejam “poucos, mas bons”, como tão bem ensinou a sabedoria popular. As maiorias nunca mudaram a História e os heróis forjam-se na tempestade.

Não há Portugal sem portugueses."


Duarte Branquinho
in "O Diabo", n.º 1811, 13 de Setembro de 2011.

2 comentários:

  1. Categoria de texto.
    Não há Portugal sem portugueses!

    PORTUGAL PORTUGUÊS NUMA EUROPA EUROPEIA

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  2. «...basta que sejam “poucos, mas bons”...»


    Bom,
    -> apesar de muito pessoal estar-se a borrifar para ‘isto’: querem é curtir… [nota: estão no seu Direito];
    -> apesar de muito pessoal ser adepto da competição global… [nota: estão no seu Direito];
    -> apesar de os portugueses não serem a nação mais antiga da História;
    -> etc;
    —> será que os portugueses devem abdicar da existência duma Pátria sua?
    RESPOSTA: na minha opinião, NÃO!

    CONCLUINDO: Antes que seja tarde demais, há que mobilizar aquela minoria de europeus que possui disponibilidade emocional para abraçar um projecto de Luta pela Sobrevivência... e... SEPARATISMO-50-50!
    .
    Nota: Quando se fala em SEPARATISMO-50-50… não se está a falar em apartheid, mas sim, em LUTA PELA SOBREVIVÊNCIA, ou seja, separatismo puro e duro: uma Nação, uma Pátria, um Estado.
    .
    .
    P.S.
    -> Uma NAÇÃO é uma comunidade de indivíduos de uma mesma matriz racial que partilham laços de sangue, com um património etno-cultural comum.
    -> Uma PÁTRIA é a realização e autodeterminação de uma Nação num determinado espaço.
    -> Ora, existindo não-nativos JÁ NATURALIZADOS com uma demografia imparável em relação aos nativos… como seria de esperar, abunda por aí muita conversa para ‘parvinhos-à-Sérvia’.

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