1. Putin está a ser honesto quando diz que o objectivo da
invasão é a desnazificação e a desmilitarização.
2. A Ucrânia não tem absolutamente nada a ganhar com a
invasão. E o Ocidente (o nosso Ocidente) nada tem a ganhar.
3. A Rússia não é uma alternativa ao paradigma ideológico
antifascista pós-Segunda Guerra Mundial.
4. O argumento dos “oligarcas judeus” é irrelevante. A
Rússia também tem oligarcas judeus e Putin não vai acabar com o sistema
oligárquico na Ucrânia. A presença de figuras de elite judaicas na Ucrânia não
invalida o nacionalismo ucraniano, da mesma forma que não invalida o
nacionalismo noutros países com elites judaicas.
5. A Ucrânia sempre teve governos disfuncionais e corruptos.
Zelensky calhou ser o Presidente quando o país foi invadido – ninguém está a
lutar pelo seu governo. Os ucranianos estão a lutar pelo simples motivo de o seu
país ter sido invadido por uma potência estrangeira. É o que as pessoas normais fazem.
6. Aqueles que dizem que os ucranianos não deviam defender o
seu país contra uma invasão estrangeira é um niilista e não merece ser levado a
sério. Isto não é um jogo de vídeo.
7. O establishment ocidental neoliberal nada tem a
perder com esta guerra. A NATO tornou-se dez vezes mais relevante por causa do
ataque russo à Ucrânia. A Suécia e a Finlândia apressam-se para se tornarem
membros. Há três semanas podia dizer-se que a NATO era uma entidade obsoleta.
Já ninguém diz isso. O establishment ocidental liberal é a parte que
mais ganhou com este ataque – enquanto a Ucrânia foi a que mais perdeu.
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